
A endometriose é uma doença ginecológica crônica que provoca dores intensas, inflamação e pode afetar a fertilidade.
Por isso, escolher um método contraceptivo adequado pode fazer toda a diferença no controle da doença, além de prevenir uma gravidez não planejada.
Por que o contraceptivo ajuda na endometriose?
O objetivo principal é bloquear a menstruação ou reduzir os níveis hormonais que estimulam o tecido da endometriose. Assim, há menos dor, menos inflamação e menos progressão da doença.
Principais métodos indicados para quem tem endometriose
🔹 Pílula combinada (estrogênio + progesterona)
– Pode ser usada de forma contínua, evitando a menstruação.
– Indicada para quem não tem contraindicações ao uso de estrogênio.
🔹 Pílula de progesterona isolada
– Excelente opção para quem não pode usar estrogênio (ex: mulheres com enxaqueca com aura ou histórico de trombose).
– Ajuda a controlar os sintomas com menos efeitos colaterais.
🔹 DIU hormonal (levonorgestrel)
– Libera progesterona direto no útero, reduzindo menstruação, dor e inflamação.
– Dura até 5 anos e tem excelente perfil de eficácia e conforto.
🔹 Implanon (implante subcutâneo de progesterona)
– Atua de forma contínua, suprimindo a ovulação e aliviando sintomas da endometriose.
– Duração de até 3 anos.
🔹 Injetável trimestral de progesterona
– Alternativa para quem prefere não tomar pílulas diariamente.
– Pode causar ausência de menstruação ao longo do tempo.
E o DIU de cobre?
Não é recomendado para quem tem endometriose, pois pode aumentar o fluxo menstrual e piorar as cólicas, agravando os sintomas.
Cada caso é único
O melhor método será definido com base na intensidade dos sintomas, desejo reprodutivo e histórico de saúde da paciente. O mais importante é ter acompanhamento ginecológico contínuo e uma abordagem individualizada.
Dra. Celene Longo
Ginecologia Diagnóstica e Cirúrgica
CRM 16483 RS | RQE 7375 | RQE 34649
(O conteúdo e as informações dos posts têm caráter informativo e educacional. Não devem ser utilizados para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico)